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Aconteceu durante toda essa terça-feira (25), a III Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, no Teatro Municipal Professora Ivonildes de Melo. O evento foi realizado através da Secretaria de Assistência Social e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
Com o tema “proteção integral, diversidade e enfrentamento das violências”, a conferência iniciou com uma mesa de abertura, composta pelo secretário de Assistência Social, Ricardo Dourado, pelo representante do prefeito Eures Ribeiro, Gildásio Junior, que exerce atualmente o cargo de Procurador da Fazenda do Município, além de coordenadores do CAPS, CREAS, selo UNICEF, Bolsa Família e outros órgãos vinculados ao setor da ação social em Bom Jesus da Lapa.
Os temas manifestados pelos participantes na abertura passaram uma mensagem de alerta a grande ameaça existente hoje no Brasil, que é o ataque aos direitos e políticas sociais e a nova política implantada no atual governo, com um pensamento neoliberal e reduzindo o Estado.
No debate proposto, a discursão girou em torno de um desmonte que acontece nas áreas da saúde, com a volta de doenças como o sarampo e outras que há tempos não se falava mais. E também pelo fato das campanhas de vacinação que não tem cumprido as metas 100%, com o risco da volta de algumas doenças, além da desnutrição e mortalidade infantil que são temas que preocupam e tiveram aumento nos últimos anos.
Foi levantado pelo Procurador da Fazenda, Gildásio Junior, sobre implantação do Estado Mínimo neste governo, com um pensamento financista que só agrava o bem-estar social e as políticas para ações e programas sociais.
Foi ressaltado que a grande mudança que ocorreu nos últimos anos se deu por conta da emenda constitucional 95, que congela gastos sociais por 20 anos. A medida foi votada através do Congresso Nacional e só acontece de forma tão severa no Brasil.
Pensando nisso, quaisquer estudos para implantação de medidas sociais precisam ser feitos de maneira que se adeque a essa emenda, o que é um grande retrocesso para o país, atingindo diretamente a educação, a saúde e a assistência social.
A conferência contou também com palestrantes que explanaram sobre os problemas sociais comuns que acontecem entre crianças e adolescentes, principalmente o meio social que alguns nascem e muitas vezes não tem amparo ou assistência para condições básicas de educação e saúde.
Eixos de debate também foram expostos por coordenadores de centros de assistência, psicólogos, assistentes sociais e pelo conselho, para que na plenária fossem debatidas soluções para as perguntas norteadores referentes aos problemas sociais levantados.
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